Sabe aquele café da manhã que a gente toma na padoca a caminho do trabalho, ou aquele um pouco mais chique que você compra no Starbucks? Esse hábito custa caro e você sabe. Talvez não saiba que é caro o suficiente a ponto de custar um apartamento.
Não pretendo ser o chato que fala que para economizar a gente precisa cortar o cafezinho. Mas você precisa saber qual o impacto desse café no seu bolso.
Nesse artigo a refeição em questão é o café da manhã, mas o mesmo vale para o almoço, aquele lanchinho da tarde e o happy hour.
Premissas
Para essa pesquisa, tive que assumir algumas premissas. A primeira delas é que um café da manhã é composto por um café coado e um misto-quente.
Eu sei que tem gente que come ovo, pão na chapa, frutas, leite, suco, pão de queijo etc. Tem até quem não coma ou não tome nada, tipo eu, que fico só no café mesmo.
Assumi também 3 opções de lugares para comer: na própria casa, na padaria e no Starbucks. Eu incluí a opção do Starbucks pois durante algum tempo eu sempre comprava um Café Mocha Grande a caminho do trabalho e sempre havia bastante gente. Muitas delas frequentadoras assíduas, como eu.
As contas se baseiam apenas nos dias úteis (252 dias/ano), supondo que nos feriados e finais de semana as pessoas tendam a tomar o café da manhã em casa.
Café da Manhã em Casa
Para a opção do café da manhã em casa fiz a busca de preço pelo site do supermercado Pão-de-Açúcar.
Esse é um dos supermercados mais caros que eu conheço. Se você estiver realmente querendo economizar, frequente lugares que sejam mais em conta.
Assim, o nosso café da manhã em casa nos custaria R$ 2,97 por dia. Sendo que R$ 0,63 do café e R$ 2,34 do misto quente.
Padaria
Os preços de padaria variam muito, a depender da região do país, do estado, cidade, bairro e público-alvo.
De acordo com uma matéria da Folha de São Paulo de 13/05/2018, o preço médio do café no Brasil é R$ 3,20.
Em uma matéria da Veja São Paulo de 25/02/2016 saiu que o misto quente mais barato do levantamento deles tinha sido de R$ 8,00 e o mais caro a R$ 14,90. Nesse estudo considerei o de valor mais baixo.
Logo, o seu desjejum em uma padaria sairia a R$ 11,20.
Starbucks
Os preços do Starbucks vieram do site Testaparamim, que agora se encontra fora do ar. Não sei se há diferença de preço de uma loja para outra, mas essa foi a fonte. E um detalhe importante, o Starbucks não tem a opção de misto quente. Eles fazem um Croissant com presunto e queijo, assim podem cobrar mais por algo praticamente equivalente a um misto quente.
A opção de café escolhida foi o Café do Dia no tamanho short. É um café coado, o menor disponível, que você pode comprar o pacote e fazer em casa. Também é a opção mais barata.
Nesses dois itens você paga R$13,40. O café sai a R$ 4,90 e o croissant fica por R$ 8,50.
Vamos aos Números
Assim, opções equivalentes de café da manhã saem a:
- Casa: R$ 2,97, sendo R$ 0,63 do café e R$ 2,34 do misto quente;
- Padaria: R$ 11,20, sendo R$ 3,20 do café e R$ 8,00 do misto quente;
- Starbucks: R$ 13,40, sendo R$ 4,90 do café e R$ 8,50 do croissant de queijo e presunto.
Com base nesses valores, e contando apenas os dias úteis presentes em um ano (252), o total gasto é:
- Casa: R$ 748,44
- Padaria: R$ 2.822,40
- Starbucks: R$ 3.376,80
Como dito acima, os finais de semana e feriado foram omitidos entendendo que a maioria das pessoas acabam tomando seu café em casa.
Investindo a diferença
Qual seria o resultado da diferença entre o que você pagaria na padaria ou na Starbucks contra o mesmo lanche na sua casa e investíssemos?
Para simplificar o cálculo assumi uma taxa de retorno de 6% ao ano e o horizonte de investimento de 30 anos.
A diferença de custo entre Casa e Padaria é de R$ 2.073,96. Investindo esse dinheiro todos os anos, durante 30 anos, a 6% ao ano, você alcançaria um total de R$ 163.963,52.
A mesma conta feita para a diferença de custos entre Casa e Starbucks, que é de R$ 2.628,36, totaliza R$ 207.793,37.
Se você quer aprender a investir, recomendo que leia o artigo Como Começar a Investir.
E o Apartamento?
Talvez os valores acima não sejam suficientes para comprar um apartamento confortável nas grandes capitais do país, mas seria suficiente para um pequeno apartamento em bairros mais afastados dessas capitais, no interior ou até mesmo em bairros centrais de algumas capitais menores.
A média de preço do metro quadrado no Brasil é R$ 7.631, de acordo com a FIPE/Zap em um estudo divulgado em janeiro de 2018.
No Rio de Janeiro, cuja média era de R$ 9.811, podia-se comprar um apartamento nos bairros da Pavuna ou de Cavalcanti a R$ 2.292 e R$ 2.286, respectivamente. Enquanto no Leblon o metro quadrado custava R$ 20.757 em média.
Um apartamento de 50m2 no bairro da Pavuna sairia em média a R$ 114.600.
Limitações
Esse não é um estudo científico, logo me dei a liberdade de usar premissas um pouco mais flexíveis do que se veria em um grande estudo.
Para simplificar o estudo não utilizei nenhuma taxa de inflação, ou seja, os valores são todos nominais.
A taxa de retorno escolhida, de 6% ao ano, também é apenas uma taxa que julgo conservadora. No entanto pode ser que não se consiga essa taxa, a depender da economia.
Também não assumi que você para de tomar café da manhã fora de casa durante as férias. Como muitas pessoas aproveitam as férias para viajar, é capaz de você gastar bem mais com alimentação fora de casa durante essa temporada.
Sabe aquele café da manhã que a gente toma na padoca a caminho do trabalho, ou aquele um pouco mais chique que você compra no Starbucks? Esse hábito custa caro e você sabe. Talvez não saiba que é caro o suficiente a ponto de custar um apartamento.
Não pretendo ser o chato que fala que para economizar a gente precisa cortar o cafezinho. Mas você precisa saber qual o impacto desse café no seu bolso.
Nesse artigo a refeição em questão é o café da manhã, mas o mesmo vale para o almoço, aquele lanchinho da tarde e o happy hour.
Premissas
Para essa pesquisa, tive que assumir algumas premissas. A primeira delas é que um café da manhã é composto por um café coado e um misto-quente.
Eu sei que tem gente que come ovo, pão na chapa, frutas, leite, suco, pão de queijo etc. Tem até quem não coma ou não tome nada, tipo eu, que fico só no café mesmo.
Assumi também 3 opções de lugares para comer: na própria casa, na padaria e no Starbucks. Eu incluí a opção do Starbucks pois durante algum tempo eu sempre comprava um Café Mocha Grande a caminho do trabalho e sempre havia bastante gente. Muitas delas frequentadoras assíduas, como eu.
As contas se baseiam apenas nos dias úteis (252 dias/ano), supondo que nos feriados e finais de semana as pessoas tendam a tomar o café da manhã em casa.
Café da Manhã em Casa
Para a opção do café da manhã em casa fiz a busca de preço pelo site do supermercado Pão-de-Açúcar.
Esse é um dos supermercados mais caros que eu conheço. Se você estiver realmente querendo economizar, frequente lugares que sejam mais em conta.
Assim, o nosso café da manhã em casa nos custaria R$ 2,97 por dia. Sendo que R$ 0,63 do café e R$ 2,34 do misto quente.
Padaria
Os preços de padaria variam muito, a depender da região do país, do estado, cidade, bairro e público-alvo.
De acordo com uma matéria da Folha de São Paulo de 13/05/2018, o preço médio do café no Brasil é R$ 3,20.
Em uma matéria da Veja São Paulo de 25/02/2016 saiu que o misto quente mais barato do levantamento deles tinha sido de R$ 8,00 e o mais caro a R$ 14,90. Nesse estudo considerei o de valor mais baixo.
Logo, o seu desjejum em uma padaria sairia a R$ 11,20.
Starbucks
Os preços do Starbucks vieram do site Testaparamim, que agora se encontra fora do ar. Não sei se há diferença de preço de uma loja para outra, mas essa foi a fonte. E um detalhe importante, o Starbucks não tem a opção de misto quente. Eles fazem um Croissant com presunto e queijo, assim podem cobrar mais por algo praticamente equivalente a um misto quente.
A opção de café escolhida foi o Café do Dia no tamanho short. É um café coado, o menor disponível, que você pode comprar o pacote e fazer em casa. Também é a opção mais barata.
Nesses dois itens você paga R$13,40. O café sai a R$ 4,90 e o croissant fica por R$ 8,50.
Vamos aos Números
Assim, opções equivalentes de café da manhã saem a:
- Casa: R$ 2,97, sendo R$ 0,63 do café e R$ 2,34 do misto quente;
- Padaria: R$ 11,20, sendo R$ 3,20 do café e R$ 8,00 do misto quente;
- Starbucks: R$ 13,40, sendo R$ 4,90 do café e R$ 8,50 do croissant de queijo e presunto.
Com base nesses valores, e contando apenas os dias úteis presentes em um ano (252), o total gasto é:
- Casa: R$ 748,44
- Padaria: R$ 2.822,40
- Starbucks: R$ 3.376,80
Como dito acima, os finais de semana e feriado foram omitidos entendendo que a maioria das pessoas acabam tomando seu café em casa.
Investindo a diferença
Qual seria o resultado da diferença entre o que você pagaria na padaria ou na Starbucks contra o mesmo lanche na sua casa e investíssemos?
Para simplificar o cálculo assumi uma taxa de retorno de 6% ao ano e o horizonte de investimento de 30 anos.
A diferença de custo entre Casa e Padaria é de R$ 2.073,96. Investindo esse dinheiro todos os anos, durante 30 anos, a 6% ao ano, você alcançaria um total de R$ 163.963,52.
A mesma conta feita para a diferença de custos entre Casa e Starbucks, que é de R$ 2.628,36, totaliza R$ 207.793,37.
Se você quer aprender a investir, recomendo que leia o artigo Como Começar a Investir.
E o Apartamento?
Talvez os valores acima não sejam suficientes para comprar um apartamento confortável nas grandes capitais do país, mas seria suficiente para um pequeno apartamento em bairros mais afastados dessas capitais, no interior ou até mesmo em bairros centrais de algumas capitais menores.
A média de preço do metro quadrado no Brasil é R$ 7.631, de acordo com a FIPE/Zap em um estudo divulgado em janeiro de 2018.
No Rio de Janeiro, cuja média era de R$ 9.811, podia-se comprar um apartamento nos bairros da Pavuna ou de Cavalcanti a R$ 2.292 e R$ 2.286, respectivamente. Enquanto no Leblon o metro quadrado custava R$ 20.757 em média.
Um apartamento de 50m2 no bairro da Pavuna sairia em média a R$ 114.600.
Limitações
Esse não é um estudo científico, logo me dei a liberdade de usar premissas um pouco mais flexíveis do que se veria em um grande estudo.
Para simplificar o estudo não utilizei nenhuma taxa de inflação, ou seja, os valores são todos nominais.
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